Comendo no Japão
Não sou muito ligado a comida, acho até um incomodo ter que perder tempo comendo.... rs rs rs. Quando viajo com alguns amigos, eles querem conhecer os restaurantes famosos da cidade visitada, aqueles recomendados por revistas ou programas de tv. Eu acho isso muito legal, mas se você quiser conhecer a comida original do país, o arroz com feijão, deve comer na rua, comprar coisa nos mercados e supermercados, comer em restaurantezinhos de povão. Por que a culinária do país é essa, a do dia-a-dia, como se diz no Brasil, “o trivial”.
Não gosto de restaurante perto de pontos turísticos, por que há chances dele ser um dos famigerados “pega turista”. O objetivo deste tipo de restaurante (que o americano chama de “tourist trap restaurants”) é faturar, não é servir comida boa. O pior “pega turista” é aquele que serve comida requentada, tirada dum freezer velho, aquecida num micro-ondas e servida num prato descartável com garfinho de plastico.
No Japão, parece que as coisas são um pouco diferentes. Os restaurantes do Japão são mais caprichosos, tem mais cuidado no preparo da comida, Excetuando-se um restaurantezinho em Tokyo (cuja garçonete mal humorada tinha um permanente muxoxo), gostei muito da comida do Japão.
Quem vai ao Japão e quer comer barato, não precisa se preocupar. O japonês come fora, não cozinha em casa, e por isso há muitas opções. Porem os japoneses comem pouco, bem menos que os brasileiros. Por isso, os pratos no Japão não são “bem servidos” (não sei aonde acharam essa estranha expressão).
No Japão há muitos bares pequenos (Izakaya) que servem pequenas porções de comida, tais como espetinhos, frango grelhado, saladas, gioza e outros petiscos. Alguns deles servem udon. Comuns perto de estações e áreas de comercio, são pequenos, apertados, e simples, e o cliente come no balcão. O izakaya é um bar-restaurante de trabalhadores, de funcionários e por isso são baratos. Neles há sempre um jarro de água torneiral no balcão.
Solange num Izakaya em Tokyo. É um tipo de bar-restaurante. O jarro no balcão é de água torneiral.
Shokudo são restaurantes simples, baratos, pequenos. Em geral são tocados por famílias, e servem comida típica japonesa (udon, curry, arroz branco, sopa de missô, etc). Em geral são encontrados perto de pontos turísticos.
Um pequeno shokudo em Kyoto. Esse tinha 5 lugares. Lá no fundo, um barrizinho branco, provavelmente com água torneiral.
Teishoku-ya são restaurantes que servem os “sortidos”, como são conhecidos no Brasil. Servem um prato principal, que geralmente é peixe grelhado, acompanhado de arroz, picles de nabo e pepino, sopa de missô, um cozido de legumes e pequenas porções de temperos picantes (shisso, fatias de picles de gengibre, umê, etc). Alguns são caros, e outro baratos.
Um teishoku simples em Akihabara, Tokyo. Arroz, caldo de tempurá, misso shiro, tempurá, ramen e picles.
Há ainda no Japão as inevitáveis redes de fast-food, McDonalds, Pizza Hut, etc, que muitas vezes apelamos a título de “ultimo recurso”, ou quando estamos cansados demais para procurar restaurante.
Uma excelente é comer “bentô” (lanche) uma marmita de plástico descartável tipo bin, a venda em qualquer loja de conveniência no Japão. Nós gostamos do bentô das redes Family Mart e Seven-Eleven. Há muito bentô sendo vendido em estações de metro. Voce compra um bentozão, leva para o hotel, e pronto, tá resolvida a janta. Simples, rápido, prático e delicioso.
Mas o macete é comprar bentô meio cedo, pois os melhores são vendidos primeiro, é claro. Entretanto, os piores e vendidos mais tarde geralmente tem os preços baixados para não encalhar. O bentô geralmente é composto de oniguiris (bolinhos de arroz), um pedaço de peixe grelhado ou defumado, frango empanado, picles, tempurá, omelete, um sachê de shoyu. Os mais sofisticados vem com três ou quatro fatias de sashimi. O melhor bentô que comemos no Japão foi comprado na loja de departamentos Takashimaya.
Bentô na loja Family Mart
Um bentô mais sofisticado.
Bentôs vendidos na loja de departamentos (“depatô”) Takashimaya
Bentô e oniguiris comprados numa estação de metro em Kyoto
O “carro chefe” do turista que quer comer rápido são os oniguiris (bolinhos de arroz em forma de triangulo). São vendidos em qualquer loja, e há diversos sabores. O arroz é um excelente carboidrato, nutriente indispensável para reforçar energias. O melhor de tudo é que o carboidrato do arroz é de médio índice glicêmico, significa que o arroz libera energia aos poucos, no decorrer do dia. Muito indicado para o frenético dia do turista.
Oniguiris nas prateleiras do Seven Eleven
Maneira correta de se desembalar o oniguiri. Se não seguir esta ordem, voce desmonta todo ele !
Café da manhã : os hotéis no Japão não incluem o café da manhã. É sempre cobrado a parte, e em geral caríssimo. Por isso, vale muito a pena levantar cedo e tomar café nos arredores do hotel. Há sempre uma panificadora ou lanchonete por perto, servindo café em geral muito bom e bem feito, custando ¼ do que é cobrado no hotel. Foi o que fizemos na nossa viagem, exceto quando tínhamos que sair muito cedo do hotel devido a pick-ups de manhã.
O sashimi no Japão é caro e servido em porções minúsculas, de 4 ou 5 fatias.
Comida de plastico
Alguns restaurantes japoneses mandam fazer uma réplica dos pratos do menu, em resina plastica chamada polivinyl chloride, e expõe eles em vitrines. Bem pratico, o resultado é bem realista, verdadeiras obras de arte.
Comida de plastico
Comida de plastico
Comida de plastico
Comida de plastico
Comida de plastico
Comida de plastico – fonte wikipedia
Comida de plastico
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