Santuário Xintoísta
Uma visita ao Japão sem entrar num santuário Xintoísta é o mesmo que ir até Foz do Iguaçu e não visitar as cataratas. Eles estão em todos os cantos, são pintados de vermelho; calcula-se que há mais de 100 mil deles espalhados pelo país. Há santuários de todos os tamanhos, pequenos, médios, grandes.
Visitamos alguns templos Xintoistas no Japão. Em Kyoto o mais bonito é o Heian Shrine, e em Tokyo o mais famoso é o Meiji Shrine.
Não confundir santuário Xintoísta com templo budistas, são distintos.
O Xintoísmo prega o panteísmo, que presume a presença de espíritos em todas as coisas do céu e da terra. Assim, existem milhares de kamis (espíritos). As forças divinas se manifestam nas coisas da natureza, na água, no rio, na chuva, na pedra, no vento, nas plantas etc. Um Santuário Xintoísta (jinja, shinsha, jingu, taisha) basicamente é um local onde se guarda uma divindade xintoísta (kami), e ali os fiéis vão para invocar as forças deste kami. Esta divindade é representada por um objeto sagrado que é guardado no prédio principal (honden) Entretanto, alguns santuários não possuem este objeto sagrado, por exemplo, o templo pode estar no alto de uma montanha sagrada, ou quando o santuário é dedicado a uma divindade abstrata, como o vento, a chuva, etc.
Estes são os elementos que compõe um Santuário Xintoísta (em inglês: Shinto Shrine) :
- Torii – portal de entrada
- Escadaria frontal de pedra
- Sandō – pátio de aproximação ao santuário
- Chōzuya or temizuya – fonte de purificação das mãos e boca
- Tooro – lanternas decorativas, de pedra
- Kagura-den – local dedicado a Noh (ou kagura dance)
- Shamusho – escritório administrativo
- Ema – local para fiéis fazerem pedidos, escritos em plaquetas de madeira
- Sessha/massha - pequenos santuários
- Komainu – leões guardiões do santuário
- Haiden – salão principal, para adoração
- Tamagaki – cerca circundando o honden
- Honden – hall principal, relicário onde está o kami
- Chigi – final forquilhado de telhados, ornamental
Desses elementos, os principais são : torii, escadaria, sando, chozuya, ema, haiden e hoden. Quase todos os santuários possuem estes elementos.
Heian Jingu Shrine em Kyoto
As lanternas de pedra (tooro) são decorativas, mas eram em épocas anteriores usadas para iluminação. Muitas lanternas foram doadas por empresas ou famílias, e eu suponho que tenham feito alguma contribuição para tê-las nos pátios dos santuários.
Chozuya em Meiji Jingu Shrine, Tokyo. No chozuya as pessoas se purificam, lavando as mãos e a boca (por isso, a água é sempre potável no chozuya) antes de entrar no santuário.
Chozuya em Meiji Jingu Shrine, Tokyo
Chozuya em Kotai Jingu Shrine, Ise
Ema em Meiji Jingu Shrine, Tokyo. Aqui os fiéis escrevem seus pedidos aos espíritos, em uma plaqueta de madeira.
Ema em Heian Jingu Shrine, Kyoto
Komainu – leões de pedra, guardiões do santuário. Ao fundo, o Tori
Komainu em Itsukushima Shrine, Miyajima. Ao fundo, o Tori
Tori em Heian Jingu Shrine, Kyoto
Um santuário em Kyoto.
Em quase todos os santuários Xintoistas no Japão há uma pilha de barris desses, de saquê. São enviados pelos fabricantes, para agradecer aos espíritos da natureza pela safra de saque do ano.
Escadaria de acesso, tori, e sando.No fundo o haiden. E a Solange pousando prá foto… em Monte Komogatake Shrine, Hakone.
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